quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A Quarta-feira do conto

A PRIMEIRA VEZ!

Ricardo após alguns momentos de reflexão teve uma ideia que ainda não lhe tinha passado pela cabeça. Porque não? O que ou quem o impediria de fazer o que lhe tinha passado pela cabeça? Era fácil, rápido e praticável.

Tão rapidamente como a ideia surgiu, ainda mais velozmente foi posta em prática.

Ricardo quase não aguentava de tanto entusiasmo. Deixaram-se ficar por aquela serra maravilhosa, tendo apenas Marcos de ir ao carro para ir buscar uma lanterna a pedido de Ricardo que lhe confessou que não queria estar muito mais tempo parado. Quando voltou foi surpreendido pelo desaparecimento de Ricardo. Marcos chamou por várias vezes sem obter qualquer resposta, e procurou naquela área por ele. Encontrou-o no mesmo momento em que ouviu o seu pedido de auxílio com a voz que estivera a ouvir durante todo o dia. Viu-o deitado numa rocha a queixar-se do tornozelo. Estava mesmo o meu da água, mas foi fácil alcança-lo pois tinha apenas 2 metros de largura. Marcos chegou rapidamente à beira da ribeira e saltou, também ele, de pedra em pedra até chegar a mesma pedra onde estava Ricardo, perto da margem oposta e bastante perto da pequena cascata agora que reparava no local exacto.

- Estás bem?

- Mais ou menos. Dói-me muito o pé, acho que não partiu porque consigo apoia-lo, mas torci o tornozelo quando apoiei mal o pé aqui.

- Deixaste-me preocupado. Fiquei louco quando voltei do carro e tu não estavas ali. Não me ouviste chamar?

- Não. Deve ter sido quando torci o pé porque quando olhei para ver se ali estavas vi que andavas de um lado para o outro como um louco.

- Pois, a tua procura.

- Ficas-te mesmo assim tão preocupado comigo? Já sou assim tão importante para ti?

Marcos não respondeu, ficou na posição em que estava, com um joelho na pedra, apenas fixando Ricardo, ali, deitado na pedra, com dores.

- Estás mesmo bem.

- Sim. Relaxa Marcos, já te disse que sim. Mas não me respondeste!

- O que achas? Anda, vem para as minhas costas para chegarmos a margem. Depois vemos se consegues andar. Isso está a inchar muito.

- Obrigado. Está a dor mesmo muito. Obrigado por me carregares. Queria fazer-te uma surpresa. Mas fica para outra altura.

Quando chegaram a margem Marcos largou Ricardo para verem se este conseguia andar. O resultado foi catastrófico. Ao tentar dar o passo, o pé perdeu a força e ia quase voltando a cair no chão, mas Marcos, que estava logo ao lado prevendo uma situação daquelas, agarrou-o firmemente. Ricardo que previa uma queda certa fitou com o olhar Marcos percebendo que os ombros estavam mais largos devido ao seu peso. Marcos devolveu o olhar a Ricardo e ficaram assim durante alguns segundos, com uma ligeira aproximação de Marcos aos lábios de Ricardo, quando um bando de pássaros, assustados com alguma coisa, os leva de novo para a realidade. Marcos voltou a erguer Ricardo e como este não conseguia andar carregou-o ao colo até ao carro. Durante o percurso que Marcos fazia com Ricardo ao colo, Ricardo foi-se apercebendo de algumas características físicas de Marcos que achou encantadoras, e que o fez ir a aprecia-las durante todo o caminho.

Marcos tinhas uns lindos olhos verdes, que naquele fim do por do sol se tornavam ainda mais brilhantes, um sinal pequeno, quase indetectável vendo ao pormenor, perto do olho direito. Observou detalhadamente os traços do rosto de Marcos, que se acentuavam com o esforço e um ligeiro aparecimento de suor na sua testa.

Quando chegaram ao carro, Marcos instalou-o no banco de trás para ele poder ir durante a viagem com o pé e a perna apoiados para o inchaço não aumentar muito mais.

- Tens a certeza que não queres ir ao hospital?

- Absoluta Marcos. A dor está a diminuir e tudo. Podemos ir para tua casa?

- Sim, sem problemas. Assim podemos por gelo nesse tornozelo para ver se para de inchar.

- Era mesmo isso que eu ia dizer.

Enquanto Marcos punha o cinto de segurança para iniciar a viagem, Ricardo chegou-se a frente e deu-lhe um beijo na face.

- Obrigado por estares a ser tão carinhoso comigo e desculpa ter estragado o passeio nocturno, ia adorar ver as estrelas contigo.

Marcos estava sem palavras. Aquele beijo significara muito apesar de ser apenas na face.

A viagem fez-se e Marcos voltou a carregar Ricardo, desta vez para o seu andar, perante as tentativas fracassadas de Ricardo de ir pelo próprio pé. Ao entrarem Marcos voltou a instalar Ricardo de modo confortável, mas alterando o banco do carro para o sofá da casa.

- Espera ai que eu já volto com o gelo.

- Ok. Não tenciono sair daqui mesmo, fica descansado. Pelo menos desta vez. Quando estiver melhor tenho tempo de aprontar de novo.

Marcos não deu resposta. Entrou na cozinha para ir buscar o gelo e deixou Ricardo à espera do gelo. Enquanto se descalçava para por o gelo, Ricardo reparou na casa. Era agradável, bem decorado e com algumas telas expostas pelo hall de entrada e pela sala. Eram pinturas abstractas excepto o retrato de Marcos exposto logo por cima da televisão. Não conseguiu perceber quem tinha feito obras tão maravilhosas mas eram todas da mesma pessoa, pois tinha todas a mesma assinatura indecifrável.

Marcos regressou da cozinha com o gelo enrolado num pano. Marcos sentou-se no mesmo sofá que Ricardo para lhe segurar o gelo no pé ficando a servir também de apoio. Enquanto esperavam que o gelo actuasse sobre o tornozelo, Ricardo foi interrogando Marcos acerca da casa e das telas expostas. Este disse-lhe que estava a estudar Artes em Lisboa e que os pais lhe tinham comprado aquele apartamento, dado que tinham possibilidade de o fazerem, para evitarem a chatice de andar a alugar casa e terem de pagar rendas mensais e ainda ter que partilhar a casa, que ia entrar para o segundo ano e que ele era o autor das telas que estavam por toda a casa. No final da conversa verificaram o pé que tinha desinchado e Marcos regressou a cozinha para arrumar das coisas e trazer algo para beberem.

Chegou a sala com uma garrafa de vinho branco e uma lata de aperitivos. Marcos pousou o que tinha na mão e ligou a aparelhagem pondo um CD de baladas que ficaram a ouvir. Beberam, comeram, conversaram ao som da música ambiente… Algum tempo depois já estavam os 2 sentados no chão com Ricardo apoiado no peito de Marcos conversando sobre o passeio dessa tarde. Eram 22h30m. De repente e sem aviso prévio Ricardo voltou-se para Marcos, o mais rápido que conseguiu por causa do pé, ficando frente a frente apenas olhando um para o outro.

- Passasse alguma coisa Ricardo? Ainda tens dores e queres que te leve ao hospital, é isso?

Ricardo não respondeu de imediato. Aproximou-se do ouvido de Marcos e sussurrou-lhe ao ouvido: “Estou bem, não te preocupes. A tarde que me deste foi a melhor da minha vida até hoje. Obrigado!” Marcos respondeu-lhe também em sussurros: “Não foi nada de mais. Fi-lo porque te quis conhecer melhor”

“Não me respondeste à pergunta que te fiz na serra! Já sou assim tão importante para ti?”

“És mais importante do que pensas”, dizendo isto Marcos afastou-o ficando de novo frente a frente e disse-lhe:

- O que te disse durante a tarde foi sentindo. Estou realmente a apaixonar-me por ti. A tarde de hoje fez-me ver aquilo que já tinha visto ontem no bar. És uma pessoa com que gosto de estar e é fácil alguém apaixonar-se por ti. Conseguis-te enfeitiçar-me quase ao primeiro olhar. A tarde de hoje apenas fez com que tivesse a certeza daquilo que tinha sentido ontem, a pessoa especial que tu és e a pessoa que me fazes ser quando estou contigo.

Ricardo não aguentou e lançou-se no pescoço do Marcos e beijou-o, finalmente o beijo que tinha estado várias vezes para acontecer naquele dia. Ricardo ardia de paixão ao dar aquele beijo, sentia o prazer a fluir dentro dele fazendo o coração bater mais depressa. Sentia também o prazer crescente de Marcos aumentar, o beijo que trocavam transmitia toda essa paixão e desejo que não esperavam sentir naquele momento.

Enquanto se beijavam Ricardo sentiu a mão dele entrando pela sua camisa para as suas costa tentando fazer com que se deitasse. Ricardo cedeu mas ficou com dúvidas. Tinha conhecido aquele rapaz maravilhoso no dia anterior e tinha medo de fazer alguma coisa que se viesse a arrepender, afinal era a sua primeira vez. Nunca tinha tido sexo, apenas visto filmes. Sabia o que fazer, mas sentia dúvidas em relação a isso. Estaria preparado para avançar? Devia parar o que estavam a fazer ou deixar simplesmente o desejo e prazer fluir e aproveita-lo ao máximo?

A Quarta-feira do conto

Oi leitores assíduos!

Não sei se viram o resultado da votação depois de terminada, mas se não viram eu digo: Houve um empate! Como era mau estar a alargar o tempo de votação decidi fazer o conto tentando juntar as duas hipóteses, o que neste caso era possível e me permitiu fazer algo agradável. (Espero! Lool)

Saiu o que está a seguir! Esta muito grande, mas eu entusiasmei-me a escrever pois estava cheio de ideias para fazer isto e as votações trocaram-me as voltas. Espero que apreciem o resultado final pois foi escrito com amor.

Quero dedicar esta parte do conto ao criador do blog por todo o apoio e auxilio que me tem dado para escreve-los e a vocês porque lêem, votam, gostam do que escrevo e deixam mensagens de apoio para continuar em frente. Obrigado a todos pelo apoio.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Parceiros Prazer

Desculpa :'(

Oi my friends... (Olha o plagio Bryan... hahaha)

Tenho k vos pedir desculpa pela minha ausencia k s vai prolongar por mais uns dias. Tou sem net em casa. :S

Ja tenho saudades vossas... :'(

Kiss do boka de xuxu

Fikem bem

A quarta-feira do conto

A Paixão

- Mas é claro que vou e sim aviso também em casa que ficarei fora o dia todo e só volto para dormir. O que vamos fazer?

- Vamos fazer piquenique numa serra e ficaremos por lá todo o dia. Mas porque só voltas para dormir?

- Ah! Ok, tudo bem. Porque estou a pensar que, como me vais dar um dia magnífico, a parte da noite fica por minha conta. Quero dar-te uma noite tão espectacular como o dia que estou a prever que me vais dar.

- Ok, combinado. Estou aí em 30 minutos.

- Mas olha… Conto com o teu carro para o que estou a pensar, ok?

- Perfeito. 30 Minutos. Até já!

- Ok. Até já! Manda toque que eu desço!

- Ok! – e desligou.

Ricardo tomou banho num instante e ficou a olhar o guarda-roupa feito uma mulher, indeciso com o que ia vestir. Estava bastante preocupado, não conseguia encontrar nada que conjugasse com a vertente de espectacular e a de desportiva, pois apesar de não saber onde iam não queria fazer figuras ridículas para subir uma montanha ou atravessar um ribeiro ou qualquer outra coisa. Acabou por optar pelo “espectacular” apesar do piquenique, estava decidido a impressionar. Tinha gostado de Marcos e finalmente estava feliz pela opção que tinha.

Enquanto esperava por Marcos depois de ter tomado o pequeno-almoço, ligou a aparelhagem e ficou ouvindo um pouco de música e se olhando no espelho. Estava mesmo perfeito. Tinha vestido uma camisa lilás muito clarinho com as mangas arregaçadas até ao meio do antebraço e tinha sobre os ombros uma camisola de malha fresca lilás com uma risca preta, para o caso de ter frio. Vestiu umas calças de ganga pretas e calçou umas sapatilhas pretas. Pôs o seu relógio de pulso favorito e penteou-se para cima, com o habitual cabelo espetado a que tinha acostumado todos e mesmo a ele. Acrescentou ainda um pouco do seu perfume e ficou a olhar para o resultado final. Estava perfeito mesmo! Ouviu o telemóvel ao fazer este comentário mental e agarrou na mochila de tiracolo e desceu rapidamente!

Ao entrar para o carro percebeu que Marcos também tinha passado algum tempo a decidir o que vestir e o resultado também estava espantoso. Estava tão simples como o Ricardo, apenas de calças de ganga simples, camisa e calçado, ambos em tonalidades negras. Estavam perfeitos para o piquenique. Passaram num hiper mercado a comprar as coisas para levarem e 50 minutos depois estavam no local do sonho de Marcos.

Foram conversando enquanto procuravam o local ideal para fazerem o piquenique. Encontraram-no pouco tempo depois. Ricardo ficou de boca aberta com o que via. Nunca esperava ver o que estava a ver naquele momento. Estava no local exacto do sonho de Marcos, mas também do seu sonho. Era surpreendente que tivessem sonhado com o mesmo sítio e ainda mais fantástico era aquela paisagem ser tão real como eles e ser ainda conhecida por Marcos. Ricardo estava em êxtase com aquilo.

Preparam as coisas para o piquenique e comeram pois estava já na hora do almoço. Foram sempre conversando durante o almoço. Marcos tornava-se, a cada palavra que saia do seu mexer de lábios, cada vez mais interessante, cada vez mais cativante. Arrumaram as coisas outra vez mal acabaram de comer pois já não estavam sozinhos a comer, as formigas tinha vindo aproveitar as migalhas.

Depois de tudo arrumado sentaram-se ao lado um do outro apenas apreciando o que viam e Marcos acabou por se deitar e Ricardo ficou apenas a olhar, na mesma posição em que estava. Não disseram nada, não era preciso, aquela paisagem enchia-lhes o espírito e abria-lhes novos rumos, novos caminhos. Estavam a aceitar novos sentimentos e a abrirem-se a novas experiências e sensações. Ricardo sentia tudo isso fluir dentro dele desde que se tinha sentado naquele dia ao lado um do outro. Sentia que a paixão estava a tomar conta dele enquanto apreciava aquela vista maravilhosa de eucaliptos e pinheiros, com a água da cascata a bater nas pedras e a reflectir o sol. Começou também a sentir uma sensação de “dejá vu” em relação aquela imagem. Mas mal este pensamento se apoderou da sua mente começou a sentir uma respiração atrás de si, uma mão percorrendo as suas costas e uns lábios começando a beijar o seu pescoço, a mesma mão entrando pela camisa e começando a acariciar a sua barriga, o seu peito. Já sabia o que tinha de fazer a seguir, já tinha vivido aquilo. Assim fez, rodou-se um pouco apenas permitindo que chegasse aos seus lábios para o beijo que não tinha acontecido na noite anterior e no momento em que os seus lábios iam tocar ouviram o som que os assustou e os fez levantar de repente…

Era exactamente como no sonho de Ricardo. Marcos apesar do susto tranquilizou-o dizendo que era apenas o telemóvel de Marcos que estava a tocar. Desligou o telemóvel no mesmo instante em que lhe pegou. E voltaram para a posição inicial e deixaram que acontece outra vez, mas desta vez foi Ricardo quem deu o primeiro passo e deitou a cabeça no peito do Marcos. Ficou feliz ao perceber que não era apenas o seu coração que estava a bater tão rápido como se tivesse acabado de correr a maratona. Deixou escapar o que estava a pensar: “Acho que já não me és indiferente! Tudo isto mudou o que sinto por ti! Acho que estou mesmo a apaixonar-me por ti!”

Marcos levantou-se rapidamente e disse que sentia o mesmo, que aquele local era mágico e que os levava ao que tinha que acontecer e que o destino tinha feito as coisas de maneira a junta-los. Aproveitaram o momento e deixaram-se ficar até ao pôr-do-sol deixando a paixão, a cada segundo que passava, de mãos dadas e abraçados, aumentar até quase rebentarem a escala. Ficaram até aparecer a lua no céu, nenhum deles teve coragem de estragar o momento com tentativas de beijos ou movimentos para saírem dali.

Quando tiveram finalmente que sair, já era noite e era a vez de Ricardo preparar a surpresa que ficara prometida no convite do passeio. Mas com toda aquela paixão Ricardo ficou em dúvida com o que iria fazer a seguir. Deixarem-se ficar ali e aproveitar aquele sítio discreto fazendo um programa mais natural em contacto com a natureza ou irem para a casa de Marcos num programa mais moderno?

sábado, 17 de novembro de 2007

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Quarta-feira do conto

O SONHO


Depois de pensar no assunto Ricardo decidiu declinar o convite dizendo apenas que ainda era muito cedo para isso… Que poderiam haver outras oportunidades se ambos viessem a gostar de estar um como o outro. Mas Ricardo não conseguia esquecer aquele convite e Marcos pareceu notar o que passava na cabeça de Ricardo. Estavam ainda a olhar um para o outro dentro daquele carro, naquela escuridão iluminada pela lua, pelas estrelas e pelos 2 faróis do carro.

- Eu sei que ainda é cedo, peço desculpa pelo convite, apenas te queria mostrar a minha casa. Eu sei que temos que nos conhecer melhor antes de termos contacto físico, mas sinto que te conheço desde sempre e por isso precipitei-me e convidei-te. Não me interpretes mal. Desculpa.

Depois de um breve instante, Ricardo tirou o telemóvel do bolso e perguntou:

- Ok, mas se me mostrares onde é a tua casa e me deres o teu nº de telemóvel talvez eu te faça uma surpresa qualquer dia destes.

Depois de trocarem os números, seguiram a viagem e Marcos deixou Ricardo em casa e foi para a sua. Não deram um beijo de despedida, Ricardo não se sentiu à-vontade. Ambos pensavam no que poderia ter acontecido naquela noite um com o outro, embora ambos também concordassem que tinha sido melhor assim, que ainda era cedo.

Deitaram-se quase ao mesmo tempo nessa noite e ainda falaram pelo telemóvel um pouco. Chegaram a conclusão que iriam repetir o encontro no dia seguinte mas que desta vez iriam passear. Marcos conhecia uns jardins maravilhosos para passear ao luar!

Ricardo adormeceu de seguida, imaginando o passeio que iriam dar no dia seguinte e acabou sonhando com isso mesmo sem querer. Foi um sonho inesquecível. Estavam os dois a fazer um piquenique numa serra linda, com pinheiros e eucaliptos em volta, era tudo maravilhoso, ouvia-se um ribeiro e água a cair, como uma pequena cascata de água cintilante que reflectia o sol, a bater nas pedras. Era maravilhoso contemplar aquela paisagem, estar tão bem acompanhado debaixo da sobra daquelas árvores que emanavam cheiros diferentes mas puros e refrescantes, e ainda, ter um lanche magnífico. Era tudo perfeito, quase real, pois sentia tudo com uma intensidade enorme. Enquanto olhava para a cascata sentiu uma respiração atrás de si, uma mão percorrendo as suas costas e uns lábios começando a beijar o seu pescoço, a mesma mão entrando pela camisa e começando a acariciar a sua barriga, o seu peito. Rodou um pouco apenas permitindo que chegasse aos seus lábios para o beijo que não tinha acontecido e no momento em que os seus lábios iam tocar um no outro ouviram um som que os assustou e os fez levantar de repente… Esse susto acordou Ricardo do sonho e não permitiu mais que ele continuasse aquele sonho que estava ainda a começar. Ficou triste ao relembrar o sonho, mas adormeceu rapidamente e não voltou a sonhar.

Já de manha voltou a acordar, desta vez com o telemóvel. Achou estranho estarem-lhe a ligar aquela hora da manha, eram apenas 7h… Era Marcos:

- Bom dia! Desculpa, sei que te acordei, mas acordei de um sonho lindo e pensei que como era sábado talvez pudéssemos ir passear agora. Sonhei com o sítio onde te quero levar.

- Bom dia! Sim acordaste-me… Sabes a que horas nos deitamos ontem?

- Sim, sei, mas achei o local do meu sonho perfeito para te levar para lá. Avisa ai em casa que só voltas no final do dia, se quiseres vir, claro! O que me dizes?

O 2º convite. Ainda mal se conheciam e já estavam a passar sábados inteiros juntos, mas pelo menos não era o apartamento dele. “Será que devo aceitar o convite ou voltar apenas a recusa-lo por ser ainda cedo de mais”?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Diabo no Corpo

Diabo no Corpo

Corpo,
Como um mapa sagrado,
Em ti desenho o pecado.
Escrevo o mundo no meu
Corpo,
Com um toque divino,
Faço da pele o destino.
Sente nas mãos este meu
Corpo,
Uma estátua ardente,
E a cada toque teu,

Até a passerelle devagar
Se vai abrir por ti,
E toda a música que ouvires
Irá ser por existires
Sempre que digo:

Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo,
Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo.

Leva o meu
Corpo,
Por um momento eterno,
Fazes-me a vida um inferno.
Escondo um louco no meu
Corpo,
Um infinito prazer,
Por isso: "Qu'est-ce qu'on va faire?".
Só tenho tempo para o meu
Corpo,
Como uma sombra inquieta,
E nessa voz discreta,

Até a passerelle devagar
Se vai abrir por ti,
E toda a música que ouvires
Irá ser por existires
Sempre que digo:

Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo,
Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo.

Pedro Abrunhosa





segunda-feira, 12 de novembro de 2007

MEU, amigo (rsrs)

Oi pessoal!

Tenho aqui umas fotos enviadas por uma visitante do blog e também MEU amigo (rsrs). Queria agradecer a todos pela vossa colaboração no nosso blog.
Obrigado!

PS: MEU, amigo, este post é especial para você. Obrigado por tudo... <3 style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjImKHQaFyK2YMiytmtkdpqpnQGcZRpeN1eYZ8PsuUcwNl5ZIf4xBJI53NEHxB5t13oC756QTC-RxlOkk12N1D0VhbOsAwTZqBE34lNg6mjyE8d8fUKivb5zwAbdowuSkNcDzXUW9lOWrk/s400/blow01.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132070378592444434" border="0">
























sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Presente para o Bryan

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa como uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha uma grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui - ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas - doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado -,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Fernando Pessoa

PARABENS BRYAN

OI!

Para kem nao conhece, Bryan é um cara legal, super gente fina, que eu conheci no chat do Gay Content. Bom, ele é um cara gentil, meigo, simples, gosta de musicas k eu gosto (rsrs), enfim, um amor de pessoa. Ele hoje faz 18 aninhos (ja é adulto, viu?).

Tal como lhe tinha prometido, vou fazer publicidade ao seu blog. Um blog mt legal e com cariz filosófico. Não se eskeçam de visitar. Basta clicar na imagem.

Kiss para o boka di mel do boka de xuxu
E que vc dure por mts e mts anos





Big Cock

OI!

Tenho aki uma postagem especial... XD
Uma postagem para o meu amigo Kinho... Ja k ele adora anacondas, ne? hahahaah

PS: Kikito, meu amor, ja tou com saudades suas... cd vc? kando vc aparecer eu vou esganar esse seu pescoço criatura... rsrsrs

Fikem bem











Como tirar leite?